O Príncipe e o Botocudo
No Brasil, o Príncipe Maximiliano de Wied ligou-se de amizade com muitos indígenas, especialmente com o jovem botocudo Kuêk (1804?/1834), que mais tarde o seguiria para a Europa.
Os registros contam apenas que Kuêk teria sido vendido à expedição de Max. De onde teria vindo, se teria sido recentemente capturado ou se teria já nascido em cativeiro, não se sabe.
Max diz apenas que o jovem lhe transmitira importantes informações sobre os usos e costumes, língua e hábitos vestimentários dos botocudos. Mais tarde, em Neuwied, onde chegou em 1818, Kuêk teria assistido Max na elaboração de um Dicionário da Língua Botocuda.
Na corte do Príncipe. foi-lhe dado o nome de Joaquim Kuêk e o cargo de mordomo de Maximiliano. Morto, seu crânio serviu para experiências na Universidade de Bonn. Ali se encontrava em exposição até recentemente, quando a cidade de Jequitinhonha o reivindicou para devolução à tribo Krenak, oriunda do tronco borun.
Finalmente Kuêk volta à sua terra.
Fonte: Willscheid, Bernd, “Der Botokuden-Indianer Quäck in Neuwied”, in Heimatbuch Landkreis Neuwied 2008, tradução de Solange Pereira.